quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O TREM DA VIDA

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina na mão.
À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando. Porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho. Porque pensa que não é importante.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas. Pesa demais…
Então você pode escolher: ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Ou você pode aliviar o peso, esvaziando a mala. Mas o que tirar?
Você começa tirando tudo para fora, e vendo o que tem dentro… Amizade… Amor… Amizade… Amor… Amor… Amizade… Nossa! Tem bastante, e curioso… Não pesa nada!
Mas tem algo pesado. Você faz força para tirar. É a raiva, como ela pesa!
Ai você começa a tirar, tirar, e aparecem a incompreensão, o medo, o pessimismo… Nesse momento, o desânimo quase te leva para dentro da mala, mas você puxa-o para fora com toda a força e aparece um sorriso que estava sufocado no fundo de sua bagagem. Pula para fora outro sorriso e mais outro, e ai sai a felicidade.
Você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza. Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois você vai precisar bastante.
Procure então o resto: força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância, bom humor. Tire a preocupação também, e deixe de lado. Depois você pensa o que fazer com ela.
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo! Mas pense bem o que você vai colocar lá dentro! Agora é com você…
E não se esqueça de fazer isso mais vezes, pois o caminho é muito, muito longo...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

QUANDO ME AMEI DE VERDADE

Quando me amei de verdade, pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa. Então, pude relaxar.
Quando me amei de verdade, pude perceber que o sofrimento emocional é sinal de que estou indo contra a minha verdade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado, inclusive eu mesmo.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo o que não fosse saudável. Isso quer dizer pessoas, tarefas, crenças e qualquer coisa que me pusesse para baixo. Minha razão chamou isso de egoísmo, mas hoje eu sei que é amor próprio.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantém no presente, que é onde a vida acontece.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.